Em direto
Lacerda Sales ouvido na Comissão de Inquérito ao caso das gémeas

G7 perto de chegar a acordo para ajudar Ucrânia com bens russos congelados

por RTP
EPA

A reunião do G7 no norte de Itália criou esperanças para um novo acordo que pretende ajudar a Ucrânia utilizando 300 mil milhões de euros em bens russos que se encontram congelados por toda a Europa. Os ministros das Finanças de vários países acreditam que apenas faltam ultrapassar obstáculos técnicos e políticos para o efeito.

A ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland, disse aos jornalistas que acredita que um acordo está perto de ser alcançado, utilizando bens russos congelados por todo o Ocidente. Esta reunião acontece numa altura em que a Ucrânia pressiona os aliados para ter mais ajuda no seu próprio território, enquanto a Rússia continua a avançar na sua ofensiva.

De acordo com o Guardian, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido revelou estar de acordo em ajudar a Ucrânia com dinheiro proveniente dos bens russos congelados na Grã-Bretanha.

Os comentários da ministra canadiana vêm no seguimento das declarações do presidente do Banco Mundial que afirmou estar de acordo com a ideia do G7 emprestar dinheiro à Ucrânia, através dos bens russos. Ajay Banga explicou na reunião que o Banco Mundial tem experiência em criar fundos, tal como fez no Afeganistão.

Giancarlo Giorgetti, ministro das Finanças italiano, mostrou estar em consonância com os seus homónimos e disse estar esperançoso de que um plano possa ser apresentado no futuro.

No entanto, a ministra alemã mostrou reservas. “Existem vários assuntos mal resolvidos, questões que não têm resposta. Não espero que alguma decisão seja tomada, o assunto é muito complexo. Ainda existem muitas questões em aberto”, declarou Christian Lindner.

Na União Europeia já há um acordo em que os lucros gerados pelos bens russos vão para um fundo em que 90 por cento são usados para ajuda militar à Ucrânia e os restantes dez por cento são para outras formas de ajuda. A União Europeia espera que até 2027, a ajuda possa chegar aos 15 mil milhões de euros. Espera-se que a Ucrânia recebe a primeira tranche já em Julho.

Também nos Estados Unidos já existe um plano para emprestar dinheiro à Ucrânia mas que ainda apresenta vários problemas técnicos. Advogados de várias partes do mundo acreditam que os bens podem ser confiscados sem que existam problemas legais, alegando que o ataque da Rússia quebrou a lei internacional.

A Ucrânia continua a tentar alcançar mais ajuda junto da comunidade internacional e do Fundo Monetário Internacional.
Tópicos
pub